Friday, December 11, 2009
Tuesday, December 8, 2009
Thursday, October 15, 2009
Signal to Noise - PAURA The Construction of Fear
Saturday, October 3, 2009
Tuesday, September 29, 2009
Tuesday, August 25, 2009
CLUBE DE JAZZ - Alípio C Neto: Palpando o Abstrato
Para apresentar o saxofonista Alípio C Neto, Vitorino redige um excelente texto, que primeiro o contextualiza dentro da vanguarda do jazz e depois analisa seu show em Recife.
20/08/2009 - Bruno Vitorino
O início dos anos 1960 representou, para o jazz, rupturas. As (antes) inovadoras formas do bebop com suas pesadas progressões harmônicas, seus fraseados velozes e seu compasso quaternário passaram a ser vistos como antiquados. Musicalmente, o motivo para tanto foi apenas um: a difusão da atonalidade. Com isso, jazzístas como John Coltrane, Archie Shepp, Cecil Taylor, em busca da plena libertação dos clichês e convenções estabelecidos pelo tonalismo, romperam com os pontos de apoio auditivos (centros tonais), diluíram o beat criando um ritmo irregular, incorporaram elementos musicais das mais variadas culturas (principalmente as orientais) e integraram às composições algo até então não presente no vocabulário musical: o ruído.Os críticos ficaram estarrecidos. Na tentativa de achar algum vestígio de solo firme para caminhar por essa forma de expressão musical, batizaram o movimento de The New Thing - algo como “A Nova Coisa” - acusando os músicos de fazerem anti-música. Já o público, que não era dos maiores haja vista a debandada maciça dos jovens para o universo do rock, ficou ainda mais diminuto. Resultado: nos Estados Unidos, o free ficou reduzido a poucos espaços com pouca platéia. O irônico é que o movimento revolucionário foi encontrar fora de seu local de origem amplo espaço para difusão.Por conta da familiarização dos instrumentistas e do público com o atonalismo devido às experimentações da música erudita, o free jazz encontrou amplo espaço para se desenvolver na Europa. A constante passagem dos jazzístas mais importantes do free no velho continente deixou marcas profundas nos instrumentistas locais. Entusiasmados pelas novas perspectivas improvisativas, músicos como Peter Brötzmann, Evan Parker, Alexander von Schlippenbach, dentre outros, iniciaram a consolidação de um núcleo de livre composição e improvisação na Europa, chegando inclusive a promover avanços significativos nessa linguagem. Como o público acompanhava de perto essas exitosas experimentações, os músicos tinham sempre a quem mostrar suas composições. Dessa forma, nichos eram criados e a música livre se firmava. O resultado desse processo hoje é uma cena free madura, criativa e atuante que tem conexões com a vanguarda do jazz mundo afora.Inserido na atual cena avant-garde da Europa, está o saxofonista brasileiro Alípio Carvalho Neto. Nascido em Floresta, município do Sertão pernambucano, Neto se mudou para Portugal para conclusão de seu doutorado na Universidade de Évora sobre as relações entre a poética literária e a música. Seu interesse pelo universo sonoro começou em casa com o incentivo do pai, o que posteriormente o levou a ingressar na Escola de Música de Brasília. Estudou, no Brasil, com grandes nomes como Hermeto Pascoal, Roberto Sión, Carlos Eduardo Pimentel, Dilson Florêncio, dentre outros. Já gravou e tocou com inúmeros compositores, grupos e orquestras de música brasileira e jazz, a saber: Armando Lôbo, Brasília Popular Orquestra, Gregg Moore, Trio Fulutchi, etc... Nos últimos anos de trabalho em terras portuguesas, o saxofonista se consolidou como uma das mais importantes forças do free jazz atual. Logo assinou com a gravadora lusa Cleen Feed Records que visa registrar os projetos contemporâneos inovadores do jazz livres das convenções da grande indústria cultural, gravando importantes discos com os diferentes projetos que lidera. Em 2006 lançou o excelente Sung as a Gun com seu quinteto franco-luso-belga-brasileiro IMI Kollektief. Já em 2007, foi a vez de Wishful Thinking com outro quinteto plurinacional que retrata musicalmente a dicotomia humana entre racional e instintivo. Mas foi com The Perfume Comes Before the Flower, lançado também em 2007, que Alípio teve seu merecido reconhecimento internacional, recebendo críticas positivas de Richard Cook e Brian Morton na nona edição do “Penguin Guide to Jazz Recordings”, o que o coloca junto com Naná Vasconcelos como os únicos pernambucanos a ter seus trabalhos comentados em tal publicação.Na sua contínua procura por mostrar a música como uma poética dinâmica do artifício humano, além do cerebral e transcendental, C. Neto é intenso. Seu tom vigoroso ao saxofone evidencia um integração surpreendente com o instrumento, tornando possível qualquer forma de expressão que desejar. Os experimentos polifônicos presentes em suas composições levam a música do mais firme solo harmônico ao mais etéreo ruído com uma naturalidade espantosa. Em sua música, o abstrato parece tomar forma. Soa e ressoa palpável.Em sua recente passagem por Recife, Alípio reuniu músicos locais para se aventurarem em suas novas composições baseadas na polifonia do “Cantu a Terone” da Sardenha, no “Cante” alentejano e na tradição musical do Sertão pernambucano. A Alípio C Neto Brasilian Ensemble composta por C. Neto, Ivan do Espírito Santo (sax barítono), Thelmo Cristovam (sax “C” melody), Osman Júnior (baixo) e Márcio Silva (bateria) fez uma bela apresentação. Forte talvez seja o adjetivo mais apropriado, porque liberdade para vôo pressupõe saber voar, caso contrário vira queda livre.Por essa razão, foi interessante presenciar músicos costumeiramente imersos nas convenções do tonal mergulhando na plena liberdade harmônica, rítmica e melódica do free jazz. Saltando sem para-quedas no intuito de planar ao invés de cair, os instrumentistas (à exceção de Cristovam) foram se familiarizando com a linguagem e encontrando seus espaços ao longo do concerto. O resultado foi sublime. Nos tempos atuais onde muito se produz a todo instante e em todos os lugares, torna-se difícil encontrar os trabalhos mais relevantes que merecem um olhar mais aproximado. Pérolas podem passar despercebidas quando circundadas por grãos de areia. Outras preciosidades, no entanto, revelam um brilho tão estonteante que é impossível ficar indiferente. Assim é a música de Alípio C. Neto. Suavidade que ofusca, repouso que tensiona, assimetria que delimita, razão que emociona, palpável que abstrai. Uma junção de complexidades que irradia o humano.
Monday, August 3, 2009
Paura - The Construction Of Fear (Creative Sources, 2008) *****
Friday, July 31, 2009
ESPAÇOS POLIFÓNICOS
Rachele Gigli & Alípio C Neto Brazilian Ensemble
(Livraria Cultura, 31.07.2009, 19.00 h)
Sardegna - Alentejo - Pernambuco
Rachele Gigli nasceu em Grado, Itália, estudou em Milão, Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Rússia, terminando por se formar na Universidade de Roma Tre em Línguas e Literaturas Estrangeiras com uma tese sobre a obra "Tiempo de Silencio" do escritor espanhol Luis Martín-Santos. Actualmente Rachele Gigli prepara um outro projecto intitulado "Pietra Dinamica", onde, através da representação de paisagens naturais das formas lunares, busca libertar a "pedra" do conceito de inércia que a acompanha.
(Foto: Rachele Gigli)
Alípio C Neto BRAZILIAN ENSEMBLE
Alípio C Neto - saxofones tenor e soprano
Ivan do Espírito Santo - saxofone barítono
Thelmo Cristovam - saxofone C melody
Osman Junior - baixo eléctrico
Luciano Mamão - percussão
Márcio Silva - bateria
Sunday, June 14, 2009
PAURA The Construction of Fear - Alípio C Neto / Dennis Gonzalez / Ernesto Rodrigues / Guilherme Rodrigues / Mark Sanders Creative Sources CS 139 CD
Monday, June 8, 2009
Sunday, March 22, 2009
PAURA The Construction of Fear - Alípio C Neto / Dennis Gonzalez / Ernesto Rodrigues / Guilherme Rodrigues / Mark Sanders Creative Sources CS 139 CD
Rigobert Dittmann (Bad Alchemy)
Tuesday, March 17, 2009
PAURA The Construction of Fear - Alípio C Neto / Dennis Gonzalez / Ernesto Rodrigues / Guilherme Rodrigues / Mark Sanders Creative Sources CS 139 CD
Que le trompettiste Texan Dennis Gonzalez et le percussionniste Mark Sanders (Birmingham) se retrouvent ensemble dans le sudio Tcha3, il n’y a là rien d’étonnant. Mark Sanders a collaboré avec Keith Tippett, Marcio Mattos et Elton Dean lesquels ont joué et enregistré un Dennis Gonzalez Dallas-London Sextet (Catechism/Daagnim 1987, un des premiers cédés de free jazz). Sanders a aussi travaillé avec le violoniste portugais Carlos Zingaro dans le ZFP Quartet (Bruce Finger’s avec Mattos et S.H. Fell). Voici maintenant une collaboration avec d’autres cordistes portugais : les Rodrigues père et fils, Ernesto au violon alto et Guilherme au violoncelle. Ernesto Rodrigues est le responsable de Creative Sources. La présence et la sonorité du saxophoniste Alípio C Neto évoque avec une certaine coïncidence au soprano et au ténor, le légendaire Charles Brackeen, compagnon de Dennis Gonzalez dans les années’80 et aujourd’hui disparu. Le même Charles Brackeen avait enregistré le fabuleux disque « Dance » (Paul Motian Trio ECM 1977 avec le bassiste David Izenson). D’ailleurs, dans Fear 1- Pulsion (17: 26), le premier mouvement du triptyque qui compose Paura, Mark Sanders évoque la manière free de Motian dans cet album : espace, clarté et invention. Après avoir travaillé avec un grand nombre d’improvisateurs de la « nouvelle » génération, notoires ou inconnus de la tendance « minimaliste- réductionniste »…etc de Mathieu Werchowski et Rhodri Davies à Jean-Luc Guionnet et Christine Sehnaoui, les Rodrigues changent de cap en conviant trois free jazzmen à cette Construction de la Peur. Les cinq musiciens ont trouvé un superbe équilibre toujours en mouvement et leur entente est optimale. Les deux cordistes font merveille. Ils se fondent dans les échanges jazz libre avec leur approche sonore spécifique telle quelle a déjà été documentée à de nombreuses reprises par Creative Sources. Non seulement, Ernesto a réalisé un travail extraordinaire avec son label C. S. , il est surtout un violoniste (alto) de la trempe des Phil Durrant, Jon Rose, Charlotte Hug et Malcolm Goldstein. Dans la longue deuxième pièce du triptyque Fear 2 – Void and Voices (37:52), les voix se mêlent, s’étirent et explorent leurs timbres et leurs densités. Le rythme s’est complètement dissout dans une stase déchirée. Dennis Gonzalez n’est pas en reste, les vibrations de l’air dans les tubes de sa trompette font écho au vrillage précis de l’archet sur les cordes du et aux effets de souffle de Neto. L’interaction du quintet est particulièrement réussie. Le final, Fear 3 – Paura - Lyrikon, plus élégiaque, est dédié au poète grec Demosthène Agrafiotis. Au total, une superbe rencontre de musique libre assimilant plusieurs phases de l’évolution des musiques improvisées pour en offrir le meilleur de chacune d’elles. Un régal.
Jean-Michel Van Schouwburg (Improjazz)
Friday, March 6, 2009
Thursday, March 5, 2009
Tuesday, March 3, 2009
FRANCO FERGUSON & IMPRORING
Sunday, February 15, 2009
Harafè
Il quintetto Harafè nasce dalla collaborazione tra il trombettista Angelo Olivieri ed il sassofonista Alípio Carvalho Neto, due musicisti che hanno suscitato l’attenzione di pubblico e critica per le capacità di innovazione dimostrate nell’ambito del jazz e della musica improvvisata, accompagnate da un profondo rispetto della tradizione. L’incontro musicale tra i due avviene tra Lisbona e Roma e si concretizza ad Agosto 2008 quando viene registrata una session di musica improvvisata che porterà alla realizzazione di un CD in produzione per jèi (collana di jazz e musica improvvisata delle edizioni Terre Sommerse). Il CD, realizzato in collaborazione con l’associazione culturale Giazzè sarà sul mercato nel 2009. Alla registrazione prendono parte il chitarrista Ezio Peccheneda, il contrabbassista Roberto Raciti e il batterista Federico Ughi, musicista romano trasferitosi a New York dove ha lavorato con musicisti del calibro di William Parker e Daniel Carter.
Il sound del gruppo è fortemente caratterizzato dalle trame generate dalle linee melodiche di Olivieri intrecciate con le pirotecniche evoluzioni del sassofono di Neto, impreziosite dalla sapienza armonica di Peccheneda, dal groove di Raciti e dal drumming creativo di Ughi. Il risultato è una musica dal forte impatto e di grande energia.
PAURA The Construction of Fear
Rui Eduardo Paes
Singularity Trio
The Perfume Comes Before The Flower
One of the most promising aspects of the Lisbon-based Clean Feed label is their penchant for bringing together hometown heroes and improvisers from elsewhere, notably the United States. Brazil-born tenorman Alipio C. Neto, also of the IMI Kollektief, joins forces with Downtown New Yorkers, drummer Michael T.A. Thompson, tubaist Ben Stapp and trumpeter Herb Robertson, and globetrotting bassist Ken Filiano for a set of hard-driving freebop and rangy group improvisations.
The first cut brings together what are ostensibly two different tunes, "The Perfume Comes Before" and "Early News." The first part of that equation has Neto and Filiano providing a husky and delicate bottom figure while Robertson skates atop, his own fat sound broken into pulpit-pounding shards. There's a brief unison rejoinder before Filiano's furious horsehairs coax Neto into grounding his boot heels and stitching together a solo of heady contrasts. He has a soft, breathy tone and an introverted sense of pacing, mostly holding back the fireworks despite the ensemble's tendency to splay out. One doesn't really think of "caution" coupled with a big, fat tenor sound and meaty group improvisation, but Neto's working of phrases in "Early News" is not unlike the delicacy out of the gate you'd hear from Marzette Watts or a young Joe McPhee. When he does stretch out, as on "The Pure Experience," his merger of tuneful phrases and burnished yawp has an uncanny resemblance to Sam Rivers.
"The Will/Nissarama" starts with a pizzicato bass recital before the front line enters with a multipart nursery rhyme, turned dark with Robertson's nasty chortle and snide growls. Neto's choice of frontline partner is interesting, for Robertson's brashness and frequent extroverted smears are in direct contrast to the pensive ferocity of the leader's tenor. Goaded into calculated yelps and false-fingered buzz, one feels like he's just barely keeping his exuberance corked. Neto's writing isn't merely of blowing vehicles; approaching territory explored by Dewey Redman, "The Flower" is texturally diverse (Robertson doubles here on a musette-like instrument). Stapp fleshes out the low end, marching in tandem with Filiano as pinched reed exhortations bubble up from the depths. The trumpeter is at his most stately here, his bravura in neat opposition to the dusky landscape Neto has formed. "Aboio" grows naturally out of "Flower," delineated by brighter colors and a more pronounced rhythm – yet still indebted to its free seed. It'll be interesting to see how Neto grows as a composer and soloist; a power-trio and its unfettered view of the helm is my vote for the latter.
By Clifford Allen
http://www.bagatellen.com/archives/reviews/
The Perfume Comes Before The Flower
The Perfume Comes Before the Flower
By Eduardo Chagas
Jazz e Arredores
http://jazzearredores.blogspot.com/search?q=alipio+c+neto
The Perfume Comes Before The Flower
Year: 2007
Record Label: Clean Feed
Style: Free Jazz / Avante Garde
Musicians:
Alípio C. Neto (tenor sax), Ben Stapp (tuba), Herb Robertson (trumpet), Ken Filiano (bass), Michael T. A. Thompson (drums)
Brazilian saxophonist/composer Alipio C. Neto has been working the Portuguese free-jazz scene for a few years now, but performs with three prominent New York-based jazz acolytes on this vibrant new outing. Layered, boisterous and operating from a nicely in-your-face impetus, the music spans avant-garde New Orleans second line jazz (featuring tubaist Ben Stapp) amid frenetic and kaleidoscopic movements. Here, Neto and trumpeter Herb Robertson’s plaintive cries ride atop semi-structured arrangements and garrulous, group-centric free improvisational maneuvers.
Sparks are flying everywhere throughout। The ensemble generally engages in climactic theme and story-building exercises as they inject a sense of drama into works that are often framed by powerhouse drummer Michael T.A. Thompson’s asymmetrical beats. Featuring regimented horns-led choruses and elements of pathos and wit, the musicians even fuse some off-kilter world music motifs into the mix. Then in other regions of this disc they abide by a jittery and somewhat neurotic gait via animated phrasings and periodic moments of angst. On “la réalité - dancing cosmologies,” Stapp’s pumping tuba lines accelerate a jagged, New Orleans brass band motif, marked by Neto and Robertson’s torrid solo spots. Either way, Neto casts a worldly spell during the preponderance of this most intriguing set.
By Glenn Astarita
Jazz Review
http://www.jazzreview.com/cd/review-19414.html
Saturday, February 14, 2009
2007's Top Recordings
Stuart Broomer Musicworks, Point of Departure, Signal to Noise, Toronto Life
2007's Top Recordings
New Releases
- Anthony Braxton: 12+1tet 9 Compositions (Iridium) 2006 (Firehouse 12)
- Derek Bailey: Standards (Tzadik)
- Connie Crothers: Music Is a Place (New Artists)
- Bruce Eisenbeil Sextet: Inner Constellation (Nemu)
- His Name Is Alive: Sweet Earth Flower: A Tribute to Marion Brown (High Two)
- Steve Lehman: Quintet On Meaning (Pi)
- Phil Minton Quartet: Slur (Emanem)
Roscoe Mitchell: Composition/Improvisation Nos. 1, 2, & 3 (ECM) - Alipio C. Neto: The Perfume Comes Before the Flower (Clean Feed)
- Evan Parker/Barry Guy/Paul Lytton: Zafiro (Maya)
By Stuart Broomer, 16 Dec 2007.
http://www.jazzhouse.org/jwiki/bin/view/TopTens/StuartBroomer
The Perfume Comes Before the Flower
In just the last few years of working and living in Lisbon, Brazilian saxophonist and composer Alípio Neto has flowered, if you will, as an important force in free jazz. “The Perfume Comes Before the Flower” is evidence that his influence now extends way beyond the borders of Portuguese jazz scene. With partners such as New Yorkers Herb Robertson (trumpet and cornet with mutes, flutes), Ken Filiano (double bass), Michael T.A. Thompson (soundrhythium percussionist), and, on three tracks, young tubist Ben Stapp, Neto now has concocted one of the most exciting releases of the year. Working in the cracks between the traditions of hard bop and free jazz, and two approaches, composition and improvisation, Neto -- the leader of the transnational bands IMI Kollektief and Wishful Thinking, both documented on Clean Feed -- makes music of associations: pitch and texture, drive and detail, strict organization and near chaos. As though to emphasize this dictotomy, the pieces even have two titles a piece. As in perfume coming before the flower, you listen and wonder what must have come before in these sounds. You will never know for sure, such is the mixing of materials and references here. Superb and fundamental. Abstract and concrete. Rich and stark. But stunning at every turn.
The Perfume Comes Before the Flower
Variable Geometry Orchestra
Listen to the Radio Program: EL OJO SONORO: Club de Jazz (5/12/2007) Parte 1
Primera parte del Club de Jazz del 5 de Diciembre de 2007. Solos de percusión con ruido de puertas. Esa es la propuesta del segundo de los programas de Un mes con Ramón López. En esta primera hora escuchamos además el encuentro entre Richard Galliano (acordeón) y Gary Burton (vibráfono). Roberto Barahona ofrece en el PuroJazz un segundo capítulo de música del sello Clean Feed dedicado a la música del saxofonista brasileño Alipio C. Neto. Se edita unas grabaciones inéditas entre el pianista Tete Montoliu y el contrabajista Javier Colina de 1995. Alberto Varela nos lleva a Nueva York de la mano del saxo tenor Jorge Anders. También escuchamos un fragmento del concierto que el trío E.S.T. (Esbjörn Svensson Trio) ofreció en Hamburgo el 22 de Noviembre de 2006. Este programa lo puedes escuchar en Alta Calidad en:http://www.elclubdejazz.com/envivo/
By Carlos Pérez Cruz
Club de Jazz
Wishful Thinking
Wishful Thinking
Personel: Alex Maguire (p), Alípio C. Neto (ts), Johannes Krieger (t), Ricardo Freitas (b), Rui Gonçalves (d)
To begin with - and we always begin listening a record by reading its title and the names of the tracks -, a glance to the cover of this disc informs us of a situation of conflict. The international outfit formed by Alípio Carvalho Neto (Brazil), Johannes Krieger (Germany), Alex Maguire (United Kingdom), Ricardo Freitas (Portugal) and Rui Gonçalves (Portugal) calls itself Wishful Thinking, the mental capacity to project our most ambitious desires. But the title of the CD is not so positive: "Wishful Thinking" tell us that music, since its inception when human beings were more close to nature and the animal kingdom, is a privileged way (because it needs no words) to express pain, frustration, rage and sadness. Truth is there's an inner logic in this apparent paradox, because it's precisely our melancholy that enables us to think about perfect societies of milk and honey. The music played by this quintet is the conciliation of the two forces that drive human conscience: one makes us look forward, the other pushes us to protest, and lament, and shout in anger. So, there's tears ("Urs's Epitaph - Der Hirt", Alípio's tribute to a departed friend) and laughter (Maguire's "Buffalo Bill") here, and that's fine. Good hard bop with a funky electric bass and a wild piano going from the stride tradition to God knows where, that's what you have here. Take it.
Track list:
1. Hina's Fate (Alípio C Neto)
2. John's Fragment (Alex Maguire)
3. Zombra (Ricardo Freitas)
4.Buffalo Bill (Alex Maguire)
5. 443 (Johannes Krieger)
6. Urs's Epitaph - DER HIRT (Alípio C Neto) in memoriam Urs Zuber
7. Eléctrico 28 (Alípio C Neto)
8. Bundawar (Johannes Krieger)
9. Ao lunaj (Ricardo Freitas)
10. Shi Jing (Alípio C Neto)
The Perfume Comes Before The Flower
By Stuart Broomer
Snug As A Gun
Snug As A Gun
Malgré son nom, ce quintette semble avoir bien peu en commun avec la formation légendaire dirigée par Willem Breuker: on ne retrouve pas tellement ce côté ironique et quelque peu fanfaron (fanfaresque?) typiquement hollandais dans ce jazz moderne solide et dynamique. Un saxophoniste brésilien (Alipio C. Neto), un trompettiste français (Jean-Marc Charmier), une vibraphoniste belge (Els Vandeweyer), un tandem rythmique portugais (le contrebassiste Joao Hasselberg et le batteur Rui Gonçalves) et un titre emprunté à un poète irlandais: voici un groupe international que réunit un même amour de l'improvisation et d'une pulsation élémentaire, fondation rythmique de plus d'un solo débridé. Le quintette livre un post-bop énergique, un peu à la façon du nouveau jazz scandinave, illustré avec éclat dès l'ouverture, Proof Boum Boum, où se distingue Charmier. Avec une section rythmique très active, Vandeweyer trouve toutefois quelque espace pour ponctuer la performance de commentaires percussifs, et ses solos sont admirablement structurés. Sur Hitching, l'accordéon de Charmier apporte une touche rafraîchissante, tout comme lors de la huitième pièce, Thierry Na Caatinga, qui intègre intelligemment à une pièce particulièrement groovy le chanteur et percussioniste Paulo Matrico. Neto est un saxophoniste au jeu rude et coriace, parfait pour ce type de session, et il s'affirme comme le leader naturel du groupe (il a aussi un album intéressant sous son nom chez Clean Feed baptisé The Perfume Comes Before the Flower).
By Félix-Antoine Hamel, Jazz Viking review, Montréal, Québec.
http://jazzviking.blogspot.com/
Snug As A Gun
Personel: Alípio C. Neto (ts), Els Vandeweyer (vib), Jean-Marc Charmier (t), João Hasselberg (b), Rui Gonçalves (d),
If you still think jazz is an American music, think again. This is jazz indeed, and none of the artists involved was born on the United States. A Brazilian, tenor saxophonist Alípio Carvalho Neto, a Belgium, vibraphonist Elsa Vandeweyer, a French, trumpeter Jean-Marc Charmier, and two Portuguese, bassist João Hasselberg and drummer Rui Gonçalves (with another Brazilian on one track, zabumbist and singer Paulo Matricó), play this New World turned All World music, and they do it with drive and purpose. And no, this is not a proof of the so called American Imperialism or a consequence of the economical Global Age we’re living in – simply put, there’s no boundaries for creative music. “Snug As a Gun” is not an experimental record, but the sax can be polyphonic and the vibes deal with free harmonics more than you would expect from something under the jazz banner. With the rhythm section grooving and swinging like hell on the back, compositions (themes by all IMI members) functions only as the margins for a improvisational work that likes to go through secondary water courses, zig-zaging along the way. There’s an Afro-Brazilian flavor in this music, of course (have you ever listened to a Brazilian musician who wouldn’t sound, well, Brazilian?), but these sounds are universal and could have been imagined and played by anyone around the planet. Or almost anyone, namely all those who feel that inovation, and the development of a distinct identity, doesn’t imply a disrespect of the tradition. The IMI Kollectief takes the history of jazz, without renegating anything, and builds from it. “Ancient to the future”, that’s what this music is.
Track list
1. Proof Boum Boum
2. Frevo Sonoris Causa
3. Snug as a Gun
4. Fucked Up
5. Hitching
6. Manhanhão
7. The Hole in My Sole
8. Thierry na Caatinga
9. ZEDAVIS
10. Pão De Deus
By http://www.cleanfeed-records.com/disco2.asp?intID=187